De 23 a 25 de julho, a Escola Sindical Sul da CUT realizou o Curso de Formação de Formadores Continuada para dirigentes sindicais. No dia 23, houve apresentação do programa e dos objetivos da atividade, além de momentos de integração e reencontro do grupo com a elaboração de um diagnóstico de saberes. Também foram feitas a sistematização, organização e mística. Na parte da tarde, houve concepção metodológica da Política Nacional de Formação da CUT e seus princípios, apresentação dos trabalhos intermódulos e debate sobre os aspectos da negociação coletiva.
Na quarta-feira, 24, “O papel da negociação coletiva para o fortalecimento do sindicato com a base” foi tema da mesa. Também foi discutido sobre a diversidade das categorias e suas realidades, bem como sobre o papel da negociação coletiva na Região Sul. Houve também reflexões sobre o fortalecimento dos sindicatos e a diversidades das categorias e feita uma síntese de fechamento da mesa temática do Congresso Nacional da CUT, bem como um debate sobre os Princípios da Negociação Coletiva e suas relações com as ODS. Por fim, foi apresentada a Plataforma da Secretaria Nacional de Formação da CUT.
E, encerrando as atividades no último dia, na quinta-feira, 25, foi abordada a Rede de Formação da CUT, apresentada a proposta de Oficina Alicerce para os dias 22 e 23 de agosto e realizada uma roda de conversa por estado sobre a atual situação da rede de formação, o compromisso dos formadores com a rede e as principais responsabilidades com a Formação. Também foi feita uma socialização coletiva por estado e atividade intermodular.
Para a coordenadora de Formação da ESSCUT, Adriana Maria Antunes de Souza, a atividade significou parte de um processo de qualificação e fortalecimento da Rede de Formação da CUT. Temos um grupo muito potente na Região Sul e essa formação é uma oportunidade de cada vez mais a CUT se mostrar protagonista na construção de consciência de classe.
Na avaliação do coordenador da Escola Sindical da CUT, Celso Woyciechowski, “a atividade foi uma oportunidade para os dirigentes se apropriarem e aprofundarem os temas debatidos e levarem até suas bases todo o aprendizado acumulado nestes três dias de curso.”
Confira alguns depoimentos dos participantes do curso:
“A palavra que define formação para mim, porque afinal de contas nós estamos aqui na Escola Sul da CUT fazendo um curso de Formação de Formadores Continuado, e essa palavra para mim é estudo. Como dirigente sindical e formadora militante da CUT Santa Catarina, entendo que a gente precisa estudar para fazer um bom trabalho sindical e um bom trabalho como formador, e isso ficou muito claro para mim na fala do nosso companheiro Marcos, quando ele disse que nós temos que respeitar e entender os coletivos que formam a classe trabalhadora, os sindicatos e que estão na formação, que são os negros e negras, as mulheres, PCDs, jovens e pessoas LGBTQIA+. Precisamos muito entender como funcionam esses coletivos para que eles sejam representados nas nossas lutas, nos nossos debates e em tudo que a gente ainda vai ter que enfrentar pela frente.” Carla Delfino - Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina
“O curso deu ênfase às negociações coletivas além do negociado pelo legislado, mas também sobre as diversidades que nós temos na nossa base com relação a mulheres, LGBT, negros, jovens e aposentados também. E o professor Marcos trouxe para nós justamente isso, que nós precisamos pensar além da nossa caixinha porque os sindicatos representam trabalhadores e trabalhadoras de certa categoria, porém as pessoas são diversas, nós temos na nossa base, não só metalúrgica, mas também da iniciativa privada e do setor público, pessoas de todas as idades, todas as cores e todas as raças, inclusive temos muitos imigrantes que vêm para o Brasil e não temos uma cláusula específica para essas pessoas. Daí a importância de termos um módulo de formação continuada sobre negociação coletiva que está sendo muito bem aproveitado pelos nossos formadores e nossas formadoras. Depois desse módulo, eles estarão multiplicando nas suas bases, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.” Cleverson de Oliveira, Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville e Secretário de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da CUT-SC
“A formação é fundamental porque abre novos horizontes, até porque ninguém sabe tudo o tempo todo. Então, é importante que a gente participe dessas formações para se aprimorar e conhecer a realidade de outros sindicatos. Como nosso objetivo é defender a classe trabalhadora, sair do corporativismo só das nossas pautas e também ajudar e auxiliar nas pautas de toda a classe trabalhadora, a formação para nós é essencial, até para que a gente possa fazer essa formação também com a nossa base, que é muito carente desses espaços de discussão. Porque o que acontece? A gente trabalha tanto e tem assuntos e tem pautas que acabam passando batidas. Então, a formação é também esse momento de reflexão, de pausa para pensar, analisar a realidade e para se reinventar também.” Doris Nogueira, coordenadora de formação e política sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande e diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Rio Grande do Sul)
“A minha avaliação é de que o curso está sendo bem vantajoso. Para mim, está dando mais credibilidade para dar continuidade lá no Rio Grande do Sul. Estou contando muito com a ajuda da Helenir, da formação do Rio Grande do Sul, então estou tendo muita credibilidade que a gente vai conseguir atingir os objetivos que a gente tem que conquistar.” Rodrigo Figueiro Hitter, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves
“Momentos de formação são importantes para o meu aprendizado enquanto sindicalista e secretária de Formação da CUT para que eu possa conhecer a atuar na rede de Formação de uma forma mais efetiva. Os cursos nos dão condições de trabalhar com a Formação especificamente nos sindicatos de base e trazem o conhecimento necessário para a luta aos nossos dirigentes e para a nossa base. São imprescindíveis para a luta e para garantir a nossa atuação frente ao nosso patrão e governantes. A formação nos engrandece enquanto pessoas e enquanto ferramenta de reconhecimento da minha classe enquanto trabalhadora. No caso específico do Paraná, possibilitou ter mais contato e conhecer o pessoal da rede, principalmente em momentos presenciais, bem como fazer um resgate da rede.” Marisa Morales Penati, Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Paraná) e Secretária de Formação da CUT Paraná
