Escola Sul inicia construção de curso de comunicação sindical

No último sábado (06/12), a equipe da Escola Sul se encontrou com dirigentes sindicais e formadores de diferentes áreas da comunicação para iniciar a construção do curso. A atividade marca um momento estratégico na política de formação cutista na região Sul, atendendo a uma demanda antiga das entidades e da militância de base.

O encontro teve como objetivo reunir experiências, inquietações e expectativas acumuladas ao longo dos últimos anos, a partir dos diálogos com sindicatos, coletivos de comunicação, dirigentes e militantes. A proposta é que o curso vá além da dimensão técnica, articulando comunicação, projeto político e organização de base, de forma a fortalecer a disputa de narrativas em defesa da classe trabalhadora.

Para isso, a Escola Sul convidou dirigentes sindicais, formadoras e formadores que já atuam em experiências de comunicação sindical e digital. As contribuições apresentadas ajudaram a mapear desafios concretos que podem se desdobrar em ações para combater a desinformação, dialogar com a juventude, enfrentar o discurso antissindical, utilizar melhor as redes sociais e construir linguagens que aproximem o sindicato da vida real das trabalhadoras e dos trabalhadores.

O Curso de Comunicação da Escola Sul será oferecido a partir do ano que vem, em módulo presencial, integrando conteúdos como fundamentos da comunicação, disputa de hegemonia, planejamento de campanhas, produção de conteúdo para diferentes plataformas, comunicação com base territorial e estratégias de mobilização. A ideia é que cada participante saia do curso com base concreta para atuar na comunicação de sua entidade e intervir na sociedade.

Ao iniciar a construção coletiva desse curso, a Escola Sul da CUT reafirma que a comunicação e a formação são parte central da luta sindical. Em um cenário de ataques aos direitos, avanço da extrema direita e proliferação de fake news, investir em formação em comunicação é apostar na capacidade da classe trabalhadora de contar sua própria história, defender seus direitos e projetar outro futuro para a região Sul e para o país.