Escrito por: Escola Sul da CUT
Cerca de 150 dirigentes da CUT debateram transição justa em preparação para COP 30. Evento virtual discutiu como proteger trabalhadores dos impactos climáticos e garantir emprego digno na economia sustentável.
A Escola Sindical Sul da CUT realizou nesta quinta-feira (17/7) o último encontro virtual do ciclo sobre a COP 30, reunindo cerca de 150 dirigentes sindicais de todo o país. Com mediação de Celso Woyciechowski, coordenador da Escola Sul, o debate abordou os desafios da "Transição energética justa e eventos climáticos extremos" para a classe trabalhadora.
Um dos convidados foi Vicente Rauber, engenheiro especialista em Planejamento Energético, que alertou sobre os riscos concretos que os trabalhadores já enfrentam com a crise climática, destacando casos de setores especialmente vulneráveis como transporte, construção civil e agricultura.
E, completando a mesa, Renata Belzunces, economista e pesquisadora do Dieese, apresentou análises contundentes sobre os modelos de transição em curso, apontando caminhos possíveis, mas sem deixar de criticar as falsas soluções que podem precarizar ainda mais o trabalho.
As lideranças nacionais da CUT reforçaram o compromisso da Central com a pauta. Esteve presente a secretária de Meio Ambiente, Rosalina Amorim, que destacou que "a transição só será justa se tiver a participação ativa dos trabalhadores na definição dos rumos". Também fez uma fala aos participantes, o secretário de Relações Internacionais, Antônio Lisboa, reforçou o papel estratégico da CUT nos debates globais sobre clima e trabalho. Por fim, a secretária de formação da CUT, Rosane Bertotti enfatizou a importância do processo formativo para qualificar a intervenção sindical.
O ciclo de 8 encontros resultou em um debate rico, com diretrizes para a atuação da CUT na COP 30, incluindo:
- Propostas dialogadas com a base sobre a proteção aos trabalhadores afetados por eventos extremos.
- Defesa de emprego digno na economia de baixo carbono.
- Mecanismos de participação sindical nos possíveis planos de transição energética.
A CUT organizará uma delegação sindical para atuar tanto nos espaços oficiais quanto nos eventos paralelos da COP 30 em Belém, garantindo que a voz dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros seja ouvida nas discussões globais sobre clima.