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BA: CUT debate em Salvador a Quarta Revolução Industrial e a precarização do trabalho

19/10/2017

Seminário Internacional Fórum Social Mundial: Resistir é criar / Resistir é transformar.

Escrito por: Jelber Cedraz / BUT-BA

Um novo ânimo para dialogar e resistir contra a perda de direitos que os trabalhadores do mundo vêm enfrentando com as mudanças trabalhistas em prol do capitalismo.

Ampliando o diálogo, o Fórum Social Mundial em 2018 antecipou os debates que ocorrerão no próximo ano e realizou o seminário preparatório nos dias 17 e 18 de outubro, em Salvador, durante o Congresso da Universidade Federal da Bahia. Nesta quarta-feira, 18 de outubro, último dia do seminário, a CUT coordenou a mesa com participação de centrais sindicais e pesquisadores.

Com tema “A Quarta revolução industrial e a precarização do trabalho”, com a presença de Inalba Fontenelle (CTB), Nivaldo Santana (CTB), Luciola Semião (CUT-BA), Aurino Pedreira (CTB), Abdelkader Zraih (Marrocos), Anselmo Santos – Cesit/Unicamp e Rogério Pantoja (CUT Nacional). O auditório ficou lotado. O debate durou quase 3 horas, onde estudantes, pesquisadores, movimentos sociais e a sociedade civil participaram intensamente do dialogo.

De volta ao Brasil após três edições (Dacar, Túnis e Montreal), o FSM é um dos mais importantes espaços de reflexão e resistência ao processo de globalização e neoliberalismo. A nova e renovada edição do fórum ganha especial relevância e debate, com amplitude mundial.

A Central Única dos Trabalhadores do Brasil (CUT) baseada em princípios de igualdade e solidariedade tem em seus objetivos organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores (as) da cidade e do campo, setor público e provado, por melhores condições de vida e de trabalho por uma sociedade justa e democrática.

“É muito importante nossa luta, a CUT participou em todas as edições, nossos princípios nos faz FSM e nossa luta é a mesma do FSM. Somos a maior central sindical do Brasil e America Latina e a 5ª maior do mundo, está na nossa ideologia ajudar a defender nossos trabalhadores e trabalhadoras e a melhorar a vida neste planeta. Por isso, estamos dialogando aqui por um mundo melhor e mais junto”, falou Rogério Pantoja, que representa a CUT Nacional no Conselho Internacional do FSM.

São vários os fatores que fortalecem a realização do Fórum Social Mundial 2018, na Bahia e no Brasil. Um deles é a crise econômica mundial. Outro, o golpe no Estado brasileiro, sob disfarce democrático em 2016. Diante das disparidades sociais bem às claras, o debate pontuou uma necessidade de uma maior conscientização da população e dos movimentos sociais.  

“Antes, as principais crítica à globalização vinham de foras progressistas. Hoje, são os fundamentalistas religiosos e a extrema-direita que protagonizam o debate. No lugar dos questionamentos ao modelo de desenvolvimento econômico, prevalece o discurso xenófobo e racista”, diz Damien Hazard, representante da Associação Brasileira da ONGs (ABONG) no Conselho Internacional do FSM.

Com tantas revoluções a sociedade sofre com o tsunami capitalista sem alto defesa. “Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado, o que não podemos é deixar nossos direitos irem embora e, por isso, temos que nos defender”, chama a atenção a Secretária de Mulheres da CUT-BA, Luciona Semião.

Para defender a democracia, constantemente desrespeitada, o Fórum Social Mundial 2018 vai reunir milhares de representantes do movimentos sociais, organizações não governamentais, sociedade civil, associações, pesquisadores, doutores, políticos e diversas centrais, na certeza de direcionar ações conjuntas pelo Brasil e no mundo assegurando a tomada de decisões políticas concretas.

Durante o seminário internacional sete mesas esquentaram os debates, temas como lutas dos povos por suas terras, justiça ambiental, comunicação e democracia, intolerância, racismo e xenofobia, revolução dos gêneros, mundo do trabalho, arte e cultura em face do avanço do conservadorismo movimentaram a universidades nesses dois dias.

O Fórum Social Mundial – "Resistir é criar / Resistir é Transformar" acontece de 13 a 17 de março de 2018, em Salvador, na Bahia. Maiores informações: www.fsm2018.org   

 

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