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CUT-SP repudia violência contra ocupação do MTST no ABC e presta solidariedade

18/09/2017

Dirigentes CUTistas estiveram no local em apoio aos trabalhadores que ocupam terreno há 40 anos sem cumprir função social

Escrito por: Vanessa Ramos / CUT São Paulo

Em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, um ato em solidariedade à ocupação Povo Sem Medo contou neste domingo (17) com dirigentes sindicais da CUT-SP, sindicatos filiados, movimentos sociais do campo e da cidade e parlamentares.

O ato foi organizado após um ataque a tiros contra a ocupação na tarde de sábado (16). Segundo denúncia do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que organiza a ocupação, os disparos vieram de um condomínio que fica ao lado do terreno.

Secretário-Geral da CUT-SP, João Cayres, expressa indignação diante da intolerância e critica a atual administração municipal que tem à frente o prefeito Orlando Morando (PSDB).

“Esse cenário de violência acaba se dando de várias formas. O prefeito da cidade divulgou um vídeo que, em nossa avaliação, acaba estimulando o ódio. Ele disse que não negocia quando, na verdade, deveria exercer o papel de conciliador. Deveria promover a paz e não o contrário”, afirmou o dirigente, ao lembrar que hoje 6.500 famílias ocupam o terreno.

Para o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, o ataque mostra como existem pessoas que não conseguem conviver com a luta popular e com os pobres. “Não vamos responder a essa agressão com mais violência. A nossa melhor resposta é mostrar que não arredaremos o pé e que temos apoio político”, disse.

No local, existem muitos trabalhadores desempregados. Para o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, isso é um retrato do cenário de crise no Brasil.

“Vivemos um dos piores momentos da história, com o desmonte das políticas públicas e dos direitos sociais. E não apenas neste, mas em outros episódios, vemos como o clima de ódio tem se espalhado também entre a população, sem falar que os aparelhos repressores do Estado são sempre utilizados contra os trabalhadores e os movimentos de esquerda.”

Izzo lembra que CUT defende a ampliação de investimento em políticas de habitação, realidade ignorada pelos governos federal e estadual. "Nem o golpista Michel Temer, nem o governo Alckmin priorizam investimentos no setor. Ao contrário, cortam cada dia mais as verbas destinadas às áreas da saúde e da educação ou aos programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida", pontua.

A ocupação Povo Sem Medo está em um terreno da Construtora MZM, abandonado há mais de 40 anos. Não cumpre, portanto, nenhuma função social, explica o vice-presidente da CUT-SP, Valdir Fernandes, o Tafarel.

“A violência contra o movimento representa uma ação fascista. O direito à moradia está na Constituição federal e os sem-teto realizam uma ação legítima ao reivindicar moradia aos governos federal, estadual e municipal. No estado de São Paulo, por exemplo, o governo Alckmin há anos não realiza nenhum avanço significativo nesta área”, avalia.


Foto: Roberto Parizotti / CUT Brasil

Entrevista com o líder do MTST Guilherme Boulos

Assembleia popular leva solidariedade à ocupação

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