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Massacre em assentamento no Mato Grosso mata dez

23/04/2017

Assassinos estavam encapuzados. Cidade de Colniza é campeã de desmatamento na Amazônia.

Escrito por: CUT, com informações da Carta Capital e Agência Brasil

Pelo menos 10 pessoas foram assassinadas nesta quinta-feira (20), em um assentamento no município de Colniza (MT), a 1.065 km de Cuiabá, próximo ao distrito de Guariba, em uma gleba denominada Taquaruçu do Norte. Entre os mortos também estão idosos e crianças. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, o massacre feito por “encapuzados”.

O governo mato-grossense enviou ao local policiais militares e civis lotados na cidade de Colniza, que fica a 250 km da sede do município, mas o local é de difícil acesso e ainda não há informações complementares sobre o massacre.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), conflitos fundiários são comuns na gleba onde ocorreram as mortes há mais de dez anos, com ocorrências de assassinatos e agressões. A CPT informou ainda que investigações policiais feitas nos últimos anos têm apontado que “os gerentes das fazendas na região comandavam rede de capangas para amedrontar e fazer os pequenos produtores desocuparem suas terras”. 

Relatório “Conflitos no Campo Brasil 2016", lançado na segunda-feira (17/03) pela CPT, revelou que o Brasil registrou 1536 conflitos relacionados a terra, trabalho e água, em 2016, 26,2% a mais do que em 2015. Os assassinatos também aumentaram: de 50 em 2015, para 61, um acréscimo de 22%. Já os conflitos relacionados exclusivamente a terras ocupadas por indígenas, camponeses e quilombolas somam 1295 e envolvem 687 mil camponeses.

 

CUT exige punição para os envolvidos no massacre de pelo menos 10 pessoas na área rural do Mato Grosso

A CUT foi surpreendida na tarde desta quinta-feira (20) com a notícia de um massacre de pelo menos 10 pessoas, entre trabalhadores rurais, crianças, adolescentes e idosos(as), na Gleba Taquaruçu do Norte, localizada na área rural do município de Colniza, a mais de 1.000 quilômetros de Cuiabá/MT.
Segundo testemunhas, além das mortes confirmadas, há mais de 20 pessoas feridas e desaparecidas. E a Gleba é marcada por conflitos e violências há mais de 10 anos.

A CUT exige a apuração desse caso e que os mandantes e executores não fiquem impunes.

A violência no campo aumentou no último ano e a maioria dos casos está ligado a conflitos agrários, ligados à falta de prioridade dos governos e órgãos competentes com a não realização da reforma agrária e com a falta de regularização fundiária.

Vale lembrar que na última segunda-feira (17) completou-se 21 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás. Até quando teremos que perder mais vidas para garantirmos terra para produzirmos alimentos?

A CUT se solidariza com os familiares das vítimas, exige o fim da impunidade e garantia de terra para a agricultura familiar continue produzindo alimentos para os povos do campo e da cidade!

Carmen Foro, vice-presidenta da CUT (Central ùnica dos Trabalhadores)

#ReformaAgráriaJá #PeloFimDasMortesNoCampo

#PorMaisTerraPraProducaoDeAlimentos

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